#Entrevista_Olavo Cavalheiro, o Gabe de “Quase Normal”
Oiii galeraa! Nosso entrevistado
da vez é o ator Olavo Cavalheiro, quem dá vida a um dos personagem mais
icônicos do mundo dos musicais. Apesar de ser consideravelmente recente,
a peça Next To Normal já virou um clássico da Broadway pelo
impacto de seu texto e qualidade de suas músicas que levam uma mensagem
muito séria de forma por vezes divertida e por vezes um tanto
rock’n’roll. Pois o espetáculo chega ao Rio de Janeiro no próximo dia 12
e Olavo será o misterioso Gabe, filho mais velho dessa família completamente e normalmente disfuncional.
Além de falar da montagem que chega aqui como Quase Normal, conversamos com ele sobre seu trabalho no Disney Channel e seus planos futuros. (:
Você estudou na Casa de Artes
OperÁria e pegou o início da ascensão musical no Brasil. Como essa
formação o ajudou profissionalmente?
Tive uma experiência muito bacana na OperÁria na montagem do musical Sweeney Todd.
Foi uma grande oportunidade, em um musical incrível, com um ótimo
personagem (Antony) e um elenco excelente. Pude contracenar com grandes
nomes como Nick Vila Maior, Cleto Baccic e o respeitadíssimo Saulo
Vasconcelos. Realmente foi um presente ter uma oportunidade dessas com
apenas dezesseis anos de idade. Uma grande aula de musical e uma
experiência única. Antes disso fazia aulas de canto com alguns
professores, principalmente com Amélia Gumes, que tenho como minha
grande “coach” até hoje. E já vinha também fazendo teatro em São Paulo,
quando me vi num grande momento do teatro musical no Brasil e em uma
cidade que estava borbulhando de novos talentos e oportunidades.
Realmente estava na hora e certa e no lugar certo para crescer, aprender
e me preparar.
Você já tem experiência na televisão, cinema e teatro. Em algum deles você se sente mais confortável?
Difícil dizer. São muito diferentes. Sou
apaixonado por cinema, acho a TV fascinante, mas se formos falar de
conforto elegeria o teatro já que é a área que ainda tenho mais
experiência – com cerca de 20 peças entre amadoras e profissionais. Me
sinto em casa no palco.
A versão brasileira de Quase Normal segue o texto e as músicas da original da Broadway ou a produção daqui tem liberdade criativa?
A nossa versão segue o texto e as canções
originais. Mas temos a nossa leitura, nosso entendimento de tudo isso,
portanto nas marcações e nos sentimentos temos total liberdade criativa.
Além das dificuldades que um
papel em uma peça musical sempre trás, Gabe possui um aspecto
psicológico muito complexo. Como está sendo dar vida a esse personagem?
Realmente ele é MUITO complexo. O Gabe
não é um personagem óbvio. O que ele é afinal? Um aspecto psicológico da
mãe? Um espírito obcessor que não quer deixar essa família? O texto não
fecha questão e não queremos fazer isso também. Acreditamos que cada
pessoa que assistir ao espetáculo será tocada de uma forma e terá
um entendimento de tudo isso. Mas para o ator essa indefinição é
perigosa e complicada, por outro lado é uma delícia. Claro que em minha
cabeça tenho minhas opiniões, mas não quero revelar (risos).
Conte um pouco sobre sua preparação, as pesquisas e laboratórios para a peça.
O Gabe é um personagem que tem me exigido
uma preparação muito grande. Desde física (tenho malhado muito), vocal e
na construção da personagem. Tivemos a presença de um psiquiatra em
alguns ensaios, fizemos muito “trabalho de mesa” discutindo várias
questões da peça, e temos a preparação vocal da querida Mirna Rubim, que
tem feito um trabalho incrível.
Em seu papel em Quando Tica o Sino e anteriormente em High School Musical: O Desafio,
ambos produzidos pelo Disney Channel, você conquistou um público
infanto-juvenil. Qual a mensagem que esse público poderá receber ao
assistir Quase Normal?
Pra mim o espetáculo Quase Normal
é tocante e mexerá com qualquer pessoa dotada do mínimo de
sensibilidade. Não só para as crianças, mas para toda família, a peça
abordará questões que nos farão ponderar como temos administrado nossas
relações, nossas vidas e outras várias questões.
Depois de interpretar Gabe na Broadway, Aaron Tveit protagonizou o musical de Prenda-me Se For Capaz. Qual outro filme você acha que renderia um bom musical no teatro?
Existem vários. Se pararmos para pensar,
com certeza pensaríamos em uma gama de possibilidades infinita. Mas
falarei os dois primeiros nomes que me vieram à cabeça: Moulin Rouge e Titanic.
Se você pudesse escolher qualquer pessoa do mundo musical para cantar um dueto no palco, quem seria e com qual música?
Puxa, é muito difícil dizer. Há muitas
pessoas incríveis. Tenho muitos ídolos e muitas referências. Em uma
rápida busca na memória já me vem muitos nomes como Patrick Wilson, Hugh
Jackman, Raul Esparza, Bernadette Peters, Ruthie Henshall, Lea Salonga…
enfim um monte!!! Mas te confesso que ganhei um grande ídolo, uma atriz
que é surpreendente, sensacional, E essa eu terei a honra de dividir o
palco. Se chama Vanessa Gerbelli.
Ainda nesse mundo hipoteticamente
perfeito, qual papel você escolheria para interpretar que neste mundo
real por restrições de idade ou sexo não seria possível?
Também teria várias opções, mas elegerei para falar aqui o Jamie, de The Last Five Years. Vai parecer que estou forçando a barra, mas fazer o Gabe já era um grande desejo!
Para os iniciantes em musicais indique três filmes ou peças que eles não podem deixar de ver.
Falarei três espetáculos que eles podem ver. Para quem está em São Paulo: Um Violinista no Telhado.
A peça é linda, de muito bom gosto, com uma história marcante e
emocionante. Fora o show à parte que é o José Mayer. Assistam os filmes Chicago, Moulin Rouge, Cantando na Chuva e, CLARO, não percam Quase Normal
à partir de 12 de julho no teatro Clara Nunes no Shopping da Gávea, Rio
de Janeiro. Independente de estar no elenco, a peça vale muito à pena. É
realmente um espetáculo único.
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Obrigado Olavo
Fonte: howtobeafunnygirl
Por
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