#CríticaO outro lado da Broadway
Com montagem enxuta, Quase Normal, em cartaz no Teatro Clara Nunes, é um musical que vai na contramão das superproduções, mas faz sucesso assim mesmo
Crítica de teatro: 'Quase normal'
Com versão brasileira e direção de Tadeu Aguiar, Next to Normal, de Tom Kitt e Brian Yorkey, chega ao Rio, nos palcos do Teatro Clara Nunes, para uma longa temporada de sucesso, com certeza.Os atores Olavo Cavalheiro, Vanessa Gerbelli e Cristiano Gualda: elenco talentoso |
Com libreto e letras de Brian Yorkey e música de Tom Kitt, Quase Normal apresenta um enredo denso. Gira em torno de uma mãe de família (Vanessa Gerbelli) que desenvolve transtorno bipolar após a morte do filho pequeno, o que torna problemática a sua relação com o marido (Cristiano Gualda) e a filha (Carol Futuro). A trama nada amena poderia causar rejeição do público. Mas não é o que se percebe desde que a peça estreou no circuito off-Broadway, em 2008. Logo em seu primeiro ano de exibição, mereceu críticas elogiosas. Descoberta por um produtor graúdo, ela migrou na temporada seguinte para o principal eixo teatral de Nova York, onde consolidou sua fama. "Foi na Broadway que vi a montagem. No fim do primeiro ato, eu já estava pensando em fazer uma versão", conta Aguiar.
A trajetória de Quase Normal se assemelha à de outros espetáculos que começaram em teatros acanhados e depois estouraram em grandes salas, a exemplo de Hair e Avenida Q. "As atrações que almejam a Broadway geralmente partem da premissa de que devem reunir grande elenco, orquestra e cenários, para justificar o alto preço dos ingressos", diz Claudio Botelho. De fato, predominam produções vultosas na meca nova-iorquina do teatro. Na década de 20, as chamadas stravaganzas levavam ao palco dezenas de mulheres, animais, comediantes e atrações circenses. A partir dos anos 80, o gigantismo contaminaria até os títulos do West End londrino, como se vê em obras como Miss Saigon, em que um helicóptero aparece em cena. Vez por outra, entretanto, uma iniciativa mais modesta caso de Quase Normal consegue romper com a ditadura do hiperbólico. Também no universo dos musicais, tamanho não é documento.
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Obrigado Olavo
Fonte: vejario
Por: Rafael Teixeira
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