#Crítica_"Quase normal "Uma dor cantada
Quase normal
Tempo de Duração: 120 minutos
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
O Globo Indica: SIM
Classificação: Não recomendado para menores de 14 anos
O Globo Indica: SIM
Texto: Tom Kitt
Elenco: Vanessa Gerbelli, Cristiano Gualda, Olavo Cavalheiro, Victor Maia, André Dias, Carolina Futuro
Direção: Tadeu Aguiar
Direção: Tadeu Aguiar
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Uma dor cantada
Com “Quase normal”, o musical dá um novo passo à frente no sentido de se tornar mais um caminho válido para a expressão do teatro como forma de arte. Desde o inesquecível “West Side story” de Bernstein/Sondheim, já ficara atestado que era preconceito descartar o musical como instrumento para temas mais sérios ou mais tocantes. Mas agora, Brian Yorkey (texto e letras) e Tom Kitt (música) nos oferecem uma ópera rock, sem dança, em que o ritmo e a melodia servem de apoio para letras de canções que são parte orgânica do desenvolvimento da ação. A trama gira em torno dos problemas enfrentados por uma família na qual a mãe vive um grave transtorno bipolar, provocado pela perda de um filho logo no início de sua vida de casada.O que a princípio podia parecer distração ou esquecimento, privando o marido e a filha de um relacionamento afetivo normal, seguido da tentativa, durante anos, de manter uma aparência de normalidade quando tudo já andava mal, tudo isso e mais tratamentos e agravamentos formam a ação desse comovente e bonito musical em cartaz no Clara Nunes, com ótima versão de Tadeu Aguiar, que faz chegar à plateia toda a carga emocional que “Quase normal” contém.
A encenação é de primeira linha, com um belo cenário de Edward Monteiro, que mescla uma estrutura sólida com transparências, figurinos muito bons de Ney Madeira, Dani Vidal e Pati Faedo, assim como a luz de Rogério Wiltgen e o desenho de som de Fernando Fortes. A preparação vocal é de Mirna Rubin, a coreografia, de Flavia Rinaldi, e a regência, de Liliane Secco, com música muito bem executada por um conjunto de oito músicos. Além da tradução, Tadeu Aguiar é responsável pela sólida direção, que equilibra os bons e maus momentos da família e conduz com acerto o nível emocional, com força mas sem exageros.
“Quase normal” se aproxima do esquema da ópera também por ter poucos personagens: Cristiano Gualda, o marido, André Dias, o médico, Carol Futuro, a filha, e Victor Maia, o namorado desta última, estão todos muito bem, como atuação e voz, mas seria injustiça não destacar Vanessa Gerbelli, que faz um lindo trabalho no papel dessa mãe que vai se afastando não só da família, que sofre as consequências de sua condição, mas também de si mesma, cada vez mais perdida, sem saber quem é, ou o que deveria ser. “Quase normal” é um espetáculo apaixonante, de grande qualidade, que usa a forma do musical para contar (muito bem) a sua história.
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Obrigado Olavo
Fonte: rioshow
Por: Barbara Heliodora
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